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quarta-feira, 19 março, 2025

Demora no agendamento de testes de covid-19 e falta de avaliação médica são alvos de reclamações em Adamantina

A demora no agendamento de testes para diagnóstico da covid-19 e o atendimento médico pós sinalização da doença continuam sendo alvos de reclamações em Adamantina. Na busca por realizar o exame, moradores chegam a aguardar uma semana na fila da rede pública de saúde. Isso sem contar o tempo para o resultado, que também exige paciência devido a longa espera, já que a análise é feita em laboratório fora da cidade.

Nesta semana, três casos semelhantes foram relatados ao IMPACTO. O primeiro se refere uma emprega doméstica, que apresentou os primeiros sintomas da covid-19 no último dia 8. Em 10 de fevereiro, ela buscou atendimento no posto de saúde do Conjunto Mário Covas, sendo orientada a procurar atendimento na Central Covid-19. No mesmo dia, o local de referência para positivados e sintomáticos da doença na cidade marcou a realização do teste: nesta sexta-feira (18). Ou seja, oito dias depois da busca pelo atendimento.

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Se considerar os novos protocolos de isolamento do Ministério da Saúde, de cinco ou sete dias para quem não estiver com sintomas respiratórios e nem utilizar antitérmicos há pelo menos 24 horas, a trabalhadora já poderia atuar normalmente, o que não ocorre devido a falta de teste e avaliação médica. “Eu sou diarista. Todos esses dias parada fico sem receber”, argumenta.

População reclama da demora para realização de testes para diagnóstico da covid-19 em Adamantina | Foto: Arquivo/IMPACTO

O mesmo caso ocorreu com um profissional da área de confecção. Também não querendo se identificar, ele relatou que buscou atendimento, mas, devido a demora para realização do exame, marcado para esta sexta, procurou um laboratório particular de Lucélia.

Com o resultado positivo em mãos, o adamantinense foi novamente à Central Covid-19, que agendou no outro dia atendimento médico no posto de saúde de seu bairro. Lá, ele relata que não foi avaliado, recebendo apenas a receita para buscar o medicamento na unidade de referência.

“Quando chega na Central Covid-19, você fica em um canto, esperando atendimento. Aguardei pelo menos duas horas até receber alguma orientação”, disse. “Se o médico não vai te examinar, não precisar ficar andando de lá pra cá. Eu estou positivado, e eles ficam mandando a população de um canto para o outro por nada. E ainda tem remédios em falta no ‘Postão’”, relata, indignado.

O terceiro caso também está com exame marcado para esta sexta. A funcionária pública procurou atendimento na sexta passada com sintomas, que durante a semana foram minimizando. Sem o resultado em mãos, a profissional não pode voltar a exercer suas atividades profissionais.

“Tem muita gente afastado dos trabalhos devido a Prefeitura não fazer o dever de casa que é oferecer o diagnóstico para quem não tem condições de pagar um exame particular”.

OUTRO LADO
Questionada sobre as reclamações, a Secretaria de Saúde informou que devido à grande demanda para solicitação de atendimento na Central Covid-19 os “agendamentos estão com um prazo longo”. “No entanto, para solucionar essa situação, a pasta ampliou esses atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde”, consta na nota.

Sobre os medicamentos, o posicionamento confirma que são entregues aos pacientes apenas na unidade de referência. “No local há o profissional farmacêutico, não sendo possível disponibilizar tal profissional em todas as Unidades Básicas de Saúde”.

A pasta informa ainda que entende ser “de grande importância a avaliação médica, visto que a prioridade é tratar os sintomas do paciente”.

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