Conciliar carreira com maternidade não é uma tarefa fácil. No desafio de equilibrar a balança entre a vida pessoal e a profissional, é preciso jogo de cintura, paciência, estratégia e muita dedicação. O ditado que diz que “mães são todas iguais” não poderia ser mais errado, pois cada uma lida de uma forma com a situação, de acordo com o que acha melhor para a sua realidade.
Rosana Aparecida, moradora de Rinópolis, é mãe de quatro filhos, sendo dois gêmeos de um ano. Ela trabalha em uma empresa selecionando bandejas de ovos e conta que a tripla jornada é extremamente cansativa. “Tem dias que acho que vou ficar louca. Gêmeos são uma benção, mas é tudo em dobro: trabalho, gastos”, diz.
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Ela trabalha na empresa há quase cinco anos e quando voltou da licença maternidade, não recebeu o mesmo tratamento de antes. “Na verdade, tudo mudou desde quando engravidei”, lamenta.
Rosana ressalta a importância do pai cumprir com suas responsabilidades. “Meu marido chegou a trabalhar em três empregos para conseguirmos arcar com as despesas”, conta.
A moradora de Salmourão Lilian Fernanda Costa dos Santos aproveitou seu talento na cozinha e começou a fazer pães, bolos e doces para complementar a renda. Mãe de Heloisa, 15 anos, Lílian agora espera outro filho e não pretende parar. “Na situação em que o país se encontra, é difícil viver somente com um salário. Então resolvi unir o útil ao agradável, jáque amo cozinhar”, comenta.
Já Estela Mendes, mãe do Mateus, de 3 anos, é formada em jornalismo e fotógrafa há dez anos, especialista em fotografias de família. Ela tomou a decisão de trabalhar como autônoma e não se arrepende. “Foi algo natural e hoje não trocaria esta vida por nada. Os desafios de ser dona do próprio negócio são muitos, mas as vantagens compensam. Eu consigo conciliar as necessidades do meu filho, minhas e as da empresa e isso me traz muita liberdade e segurança”, afirma.
Estela destaca a importância de ter uma rede de apoio. “É fundamental tanto para vivenciar e compartilhar a maternidade, como para as horas de urgência, pois com filhos, os imprevistos são inevitáveis e quando ocorrem, somente uma rede de apoio de confiança para nos ajudar e nos deixar tranquilas”, finaliza.