Sérgio Barbosa (*)
O autor do artigo, Wanderley Cobo, destaca a importância das relações de trabalho no século XX, tendo em vista a identificação desta sociedade em tempo da individualidade.
Neste cenário, envolvendo questões específicas direcionadas para a contextualização do trabalho e a importância do mesmo como sinais de desestruturação, pode-se destacar que o Estado está convivendo com governos paralelos e afins aos seus interesses específicos ou segmentados.
Entretanto, faz-se necessário estar em conexão com temas e temáticas inseridas em meio aos desencontros patrocinados pelo denominado mundo do trabalho, desta forma, Codo busca destacar neste artigo os três pilares para o entendimento da sociedade, a saber: produção, organização e relações sociais.
Portanto, muitos são os objetivos em questão, considerando as relações de troca entre um ou mais lados entre os homens, ainda, destacando o quanto é complicado saber qual a posição desta ou daquela área, por exemplo, entre Economia e Psicologia quando o tema é comum àsmesmas.
Também, não se podem deixar de lado as diversas questões que envolvem o mesmo objeto como condição na medida da sua construção.
As possibilidades podem levar para a simplicidade, tendo em vista que as utopias não fazem mais parte deste contexto e não deixaram sucessoras.
O trabalho pode ou não cumprir as promessas estabelecidas por meio de respostas necessárias, considerando os movimentos que está experimentando, tais como: Qualidade, Participação e Saúde Mental.
As pistas estão neste cenário para serem seguidas, porém, devem-se colocar as mesmas como algo maléfico, tendo em vista o denominado “demônio” está sendo convocado pelo seu próprio nome.
Desta forma, as limitações estão inseridas neste contexto envolvendo a Qualidade, Participação e Saúde Mental, possibilitando algumas alternativas para o Trabalho, haja vista que o tema proporciona muitos desencontros efetivados pelas teorias mediadas pela confusão que predomina no Mundo do Trabalho.
2.1. Os três pilares: Como se produz, como se organizam as trocas entre os produtores e que relações sociais se definem;
2.2. A Crise nas relações de trocas e
2.2.1. A Crise do Taylorismo.
2.3. As três Propostas;
2.3.1. Três faces, uma só moeda.
3.0 Desenvolvimento:
3.1. Os riscos dos programas de qualidade, participação e saúde mental no trabalho;
3.1.1. Programas de qualidade como exercício de convencimento doutrinário;
3.1.2. Programa instalado a partir de reuniões de cúpula com resultados inócuos;
3.1.3. Programas de participação com apelos emocionais;
3.1.4. Saúde Mental no Trabalho como diagnóstico de uma fábrica de denúncias ou muro de lamentações;
3.1.5. Diagnóstico como critério de avaliação do estado subjetivo dos trabalhadores ou Saúde Mental no Trabalho.
Entendo que a pluralidade que envolve o conhecimento acima de tudo e de todos pode trazer diversas possibilidades para este cenário que o autor destaca no artigo, bem como, quando Codo utiliza Althusser como lembrança sobre “sistema social e produção”, bem como, na nota de rodapé do artigo, afirma que Althusser apresentou apenas notas esparsas no livro: “Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado”.
Também, afirma que discorda das afirmações de Althussequanto às leituras do mesmo separadas de Marx, porém, respeitando as devidas proporções quanto às colocações do autor do artigo, deve-se destacar outras considerações de Althusser relacionadas com a Ideologia e os Aparelhos controladores que o Estado utiliza como ferramenta para controlar o sistema.
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Porém, neste mesmo livro, Althusser desenvolve outras possibilidades controladas pelo sistema educacional, bem como, familiar, assim, deve-se considerar que o autor do artigo, poderia, também, relacionar tais considerações de Althusser, pois, são “faces de uma mesma moeda” que acabam determinando as condições estruturais que envolvem a sociedade.
A realidade, se pode assim denominar nesta contextualização do autor do artigo coloca as questões que envolvem a Qualidade, Participação e Saúde Mental proporciona diversas considerações quando relacionadas com o Trabalho.
Entretanto, questões históricas são consideradas por Codoem quase todas as páginas do texto, assim, não se pode ficar distante dos aspectos sociais que marcaram a Política do Trabalho no século passado (XX).
A “Queda do Muro de Berlim”, por exemplo, pode servir como reflexão crítica para muitas áreas, pois, se considerar apenas um dos aspectos deste fato que se tornou a marca registrada da “unificação” de dois países separados depois do término da II Guerra Mundial, ou seja, Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, bem como, todas as tensões causadas pela denominada “Guerra Fria” decorrentes do posicionamento entre as potências capitaneadas pelos EUA e a antiga URSS.
Neste cenário que esteve próximo do “Apocalipse Nuclear”, o autor do artigo destaca como “A falência da lógica paranoide”, ou seja, quando os fatos e acontecimentos deste período estavam separados apenas por uma divisão de sistemas políticos.
Codo transita por meio de diversas considerações e destaca o seu posicionamento frente ao “Mundo do Trabalho”, sempre colocando de forma precisa as suas afirmações com fundamentação especificas e detalhes sobre os temas e temáticas abordadas.
ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado: SP, Editora Graal, 1985.
DABEL, Eduardo; VERGARA, Sylvia C. GESTÃO COM PESSOAS E SUBJETIVIDADE: SP, Editora Atlas.
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(*) jornalista diplomado, pesquisador da cátedra unesco/umesp de comunicação para o desenvolvimento regional e professor do curso de história da unifai.
e-mail: [email protected]