A Nova Alta Paulista está estagnada. Pelo menos na questão habitacional. Em 12 anos, os 22 municípios que formam a região registraram aumento de apenas 7.618 habitantes, sendo que nove cidades perderam população.
A queda mais acentuada foi registrada em Irapuru. Atualmente com 5.938 habitantes, o Município possui 1.851 moradores a menos que em 2010, ocupando, também, o segundo lugar no estado de São Paulo em que as saídas superaram as entradas de migrantes.
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Os dados, registrados em 2022, são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e compilados e divulgados pelo Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que avalia a situação demográfica e econômica dos municípios paulistas.
Conforme o levantamento divulgado na terça-feira (15), as estimativas dos saldos migratórios indicam que 295 municípios apresentaram valores positivos e 350 negativos, ou seja, em mais da metade das cidades paulistas o saldo migratório (diferença entre entrada e saída de habitantes) foi negativo, entre elas, Irapuru.
A cidade que fica na microrregião de Adamantina registrou, segundo o Seade, taxa de -21,9 migrantes a cada 1.000 habitantes. O índice negativo mais expressivo está em Gastão Vidigal (-26,3) – no noroeste paulista – e, o terceiro, fica o município de Queluz (-21,7) – no Vale do Paraíba.
Migrante, conforme o IMDH (Instituto Migrações e Direitos Humanos), é toda a pessoa que se transfere de seu lugar habitual, de sua residência ou de seu local de nascimento, para outro lugar, região ou país.
SALDO VEGETATIVO
Entre 2010 e 2022, 38 municípios paulistas registravam crescimento vegetativo negativo, ou seja, o número de óbitos superou o de nascimentos. “Eles estão situados mais a noroeste do Estado, enquanto na parte leste e sul encontram-se aqueles com crescimento positivo mais elevado”, informa o Seade.
Os maiores índices pertencem a Barueri (13,1 por mil hab.), Itapevi (12,9) e Francisco Morato (12,2), e os menores ocorrem em Turmalina (-2,6), Águas de São Pedro (-2,6) e Flora Rica (-2,7) – na microrregião de Adamantina.
QUEDA CONSTANTE
Em relação ao saldo vegetativo, o decréscimo deverá permanecer no futuro, atenuando sua contribuição para o crescimento populacional. “Isso ocorre pela redução dos nascimentos, em decorrência da queda do número médio de filhos por mulher, e pelo aumento dos óbitos associado ao envelhecimento da população. Dessa forma, a diferença entre nascimentos e óbitos tende a declinar paulatinamente até se tornar negativa”, esclarece o órgão estadual.