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Adamantina
sábado, 8 fevereiro, 2025

Mesmo com apenas dois casos em 2025, Saúde de Adamantina alerta para situação da dengue

No estado de São Paulo, 21 cidades já decretaram situação de emergência por causa da doença

O período de calor e chuvas aliado a circulação de sorotipos 3 e 4 da dengue coloca em alerta todo o país. Até o momento, 21 cidades paulistas já decretaram situação de emergência por causa de doença.

E mesmo com apenas duas confirmações em 2025, com a notificação de 20 casos suspeitos, a Secretaria de Saúde de Adamantina também pontua: “o cenário atual é de alarme”.

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A pasta, que registrou 164 casos confirmados por meio de exame laboratorial no ano passado, justifica a situação de alerta. “Apesar de o Município não ter tido um alto número de casos positivos da doença, houve transmissão durante o ano inteiro (2024), e, assim como outras regiões do Estado, a expectativa é que seja um ano de aumento dos casos, podendo sim causar uma epidemia da doença, tendo em vista a sua sazonalidade”, explica.

Em todo o Estado, 7.201 casos prováveis da doença foram registrados na primeira semana epidemiológica, entre 29 de dezembro de 2024 e 4 de janeiro. A quantidade representa aumento de 9,45% em relação ao mesmo período de 2024.

Dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti | Foto: Reprodução/Governo do Estado

VARIEDADE DE SOROTIPOS

Uma projeção para 2025 seria uma possível queda nos registros da doença para a temporada de calor e chuvas. Essa diminuição seria motivada pelo fato de que, agora, a parcela da população que já foi infectada pelo vírus nos últimos anos teria desenvolvido imunidade à doença. Mas a questão é que a dengue possui quatro sorotipos diferentes, e quando uma pessoa é infectada, o sistema imunológico só “aprende” a combater aquele tipo específico.

No Brasil, são endêmicos os sorotipos 1 e 2, porém, em 2024, os quatro tipos do vírus foram identificados no país. Diversos estados das cinco regiões registraram circulação do sorotipo 3, enquanto o 4 foi detectado em Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. “O risco maior está exatamente nos vírus de baixa circulação, que podem ganhar força na temporada seguinte e encontrar boa parte da população vulnerável”, afirma o gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan Eolo Morandi Junior.

AÇÕES EM ADAMANTINA

Neste cenário de alerta, a Secretaria de Saúde de Adamantina intensifica as ações “sempre no intuito de prevenir a doença”. Para isso, o Município, por meio dos profissionais (Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias) durante às visitas de rotina, realiza a verificação das moradias e orientações para os cidadãos referente aos criadouros encontrados.

“Para que essa prevenção aconteça de forma mais efetiva, é preciso que haja uma maior conscientização e auxílio de toda a população para evitar o surgimento e eliminar os criadouros do vetor transmissor da dengue (mosquito Aedes aegypti)”, pede, a pasta.

 

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