Dengue já matou quatro pessoas neste ano em Presidente Prudente

MPE instaurou inquérito para fiscalizar ações desenvolvidas pelo município.

A dengue já causou a morte de quatro pessoas neste ano em Presidente Prudente . A informação foi divulgada pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), Vânia Maria Alves da Silva, na tarde desta segunda-feira (24), em uma reunião no Departamento Regional de Saúde (DRS) com a presença de representantes do Ministério Público Estadual (MPE), da Secretaria Municipal de Saúde, do Comitê de Combate à Dengue e de membros de entidades, associações e clubes do município.

Segundo Vânia, duas das vítimas fatais da doença tinham mais de 80 anos e as outras, 46 e 60 anos. Ainda conforme a coordenadora, o município contabiliza até o momento 2.415 registros confirmados de dengue e 4.782 casos notificados neste ano. Dos casos registrados na cidade até o momento, 65% atingiram pessoas de 20 a 59 anos.

Segundo o promotor de Justiça Mário Coimbra, que participou da reunião, o MPE tinha conhecimento de apenas um caso de morte pela doença, que já está registrado em um inquérito que foi instaurado há cerca de dois meses para fiscalizar se as ações desenvolvidas pela Prefeitura estão adequadas e são suficientes para a situação na cidade.

“O único registro de óbito já nos preocupava com relação a essa doença que tem acometido muitas pessoas em nossa cidade. Essa confirmação de mais três nos preocupa ainda mais e vamos incluir esses dados no inquérito para apurar se o poder público municipal tem realmente desenvolvido ações e estratégias no combate intensivo da doença”, explicou o promotor.

Ainda conforme Coimbra, para que se obtenha o máximo controle da dengue, é preciso a ação de duas partes: do gestor público e da sociedade civil. “O poder público como gestor deve agir com campanhas, notificações, autuações, limpeza de terrenos, córregos e canais e atendimento de saúde de qualidade para as vítimas. Já a sociedade precisa cuidar dos seus quintais e terrenos, além de agir como fiscal de seus vizinhos que de alguma maneira venham a deixar suas propriedades abandonadas e sem limpeza, causando dessa forma a proliferação de criadouros do mosquito transmissor”, disse o promotor.

Conforme a coordenadora da VEM, a cidade conta com 90 agentes da vigilância e 112 agentes comunitários de saúde, além de viaturas que trabalham orientando, mobilizando e atendendo a população prudentina no combate à doença. Vânia explicou ainda que ações como trabalhos educativos e em parceria com imobiliárias e o setor da construção civil também são desenvolvidas para evitar que o mosquito Aedes aegypti venha a se proliferar.

Conforme o promotor Mário Coimbra, a mobilização coletiva entre sociedade civil e gestor público é o principal meio para combater a doença no município. “É mais fácil agirmos em conjunto e tratarmos o combate da doença do que deixarmos isso de lado e nos preocuparmos apenas quando isso atingir um de nós”, concluiu o representante do MPE.

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