O afastamento de Ivo Santos (PSDB) do cargo de prefeito de Adamantina, numa decisão histórica e inédita no município feita pela Justiça, trata-se apenas de mais um capítulo na política local.
O afastamento não coloca um ponto final neste caso, uma vez que a Justiça ainda apura os fatos na Ação Civil de Improbidade Administrativa, decorrente das denúncias do Ministério Público referentes ao polêmico caso do cheque emitido para pagamento de precatórios, que corre sobre segredo de Justiça. Ivo Santos ainda tem muito a se explicar não só para a Justiça, mas para a população que o elegeu prefeito.
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Acometido por uma doença desde o final da campanha eleitoral de 2012 e até então tida como assunto sigiloso pela própria família e assessores, Ivo Santos pouco cumpriu do seu plano de governo registrado em cartório. E mais. Ele enfrenta graves problemas de ordem econômica no município, principalmente com a falta de pagamentos aos credores. Ruas esburacadas, caso Fatec, praças esportivas interditadas, Parque dos Pioneiros, obras paralisadas e funcionalismo desmotivado são só alguns exemplos do que ocorre hoje em Adamantina.
O afastamento, como dito, não coloca um ponto final no assunto. Ivo Santos ainda tem muito a se explicar à sociedade. Faltando pouco mais de um ano para o término desta gestão, ele voltando ao poder por meios de liminares ou quem quer que esteja à frente do Executivo, deve levar à comunidade essas explicações. Nenhum cidadão de bem e que ama esta cidade gostaria de estar vivenciando o que Adamantina vive hoje.
Dúvidas e incertezas pairam pelo ar. Os fatos representam anos de atraso para uma cidade que teria tudo para ser hoje a grande referência na Alta Paulista. Todos esperaram do Executivo bom senso e discernimento para gerir todos esses desafios. Que neste momento, o prefeito empossado, dr. Pacheco, fuja dos alienados e rancorosos e possa ter o apoio da Câmara e das entidades sérias do município.
Adamantina espera, afinal, a vida precisa continuar.