Prestes há completar seis anos à frente da Paróquia Sagrada Família, de Lucélia, o padre José Orandi da Silva se despede da comunidade neste domingo (20), em missa às 19h. O pároco assumiu a Catedral Basílica de São Bento, em Marília, após o padre Clécio Ribeiro ser afastado por “motivos pessoais” pelo bispo Dom Luiz Antônio Cipolini.
A decisão causou polêmica em Marília, ainda mais após a Diocese divulgar nota oficial na segunda-feira (7) sem explicar os motivos do afastamento. O padre Clécio é sacerdote há 15 anos, há cerca de oito estava à frente da São Bento. Em nota, Dom Luiz: “Comunico que o Reverendíssimo Pe. Clécio Ribeiro deveu se afastar do ofício de pároco, da Paróquia São Bento em Marília, para poder tratar melhor assuntos particulares, que exigem tempo e nem sempre se coadunam com os ofícios que requerem tempo integral”.
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Longe da polêmica, a comunidade luceliense aguarda a definição de quem estará à frente da Paróquia Sagrada Família. “Até o momento ainda não foi nomeado um novo padre, depende do Bispo e também de um colegiado do Conselho de Presbíteros. Mas as consultas e pesquisas estão sendo feitas, e acredito que logo teremos a nomeação do novo padre. Enquanto isso, como ainda estou como pároco, padres da região têm me ajudado. De fato estamos fazendo uma “força tarefa”, um colegiado de padres que tem atendido a Paróquia com bastante desempenho, amor e humildade. Sabemos que uma Paróquia grande, como de Lucélia, não pode ficar muito tempo sem pároco. Com certeza essa preocupação está no coração do Bispo e que a gente espere que o mais rápido possível seja nomeado um novo padre”, disse Orandi, nesta segunda-feira (14), ao IMPACTO, que tomou posse em Marília, no dia 5.
Seis anos em Lucélia
O padre Orandi assumiu a Paróquia da Sagrada Família em 10 de janeiro de 2010, após retornar da cidade na qual foi designado novamente. “Quando voltei de Marília foi uma experiência gratificante por ter trabalho já em Lucélia nos anos de 1991 e 92 até assumir a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Adamantina, por 12 anos, fiquei seis anos na São Miguel, de Marília, e agora completo um ciclo de seis anos aqui em Lucélia”.
Questionado sobre os motivos da mudança, Orandi disse que: “todo sexto ano já tem acordado entre os padres, até mesmo um direito canônico, que apresentemos a carta de renúncia. Então, um dos fatores é que já havia apresentado esse documento e com a Catedral vaga, o Bispo precisava nomear um novo padre para atender a Básica de São Bento. Por isso houve essa mudança, uma experiência muito boa, gratificante à volta para Marília. Mas ainda aqui tem um ciclo a ser terminado. No próximo dia 20, farei a missa de despedida, agradecendo a Deus, ao povo de Deus daqui da Paróquia Sagrada Família que muito me ajudaram nestes últimos seis anos”.
No próximo dia 22 de fevereiro de 2016, padre Orandi compelta 24 anos de ordenação sacerdotal.
“É um novo desafio, uma nova realidade, voltar praticamente para a matriz da Diocese, coisa que havia nunca pensado trabalhar em uma Catedral. Mas tudo seja feito à vontade de Deus, e Ele que conduz toda a nossa vida”.
Orandi avalia ainda como foram os seis anos de trabalho à frente da Sagrada Família, além de ser vigário episcopal da região II, que se encerra nesta terça-feira (15). “Esses seis anos foram marcados por coisas muito positivas, abertura da comunidade, o acolhimento a mim, a eficácia do trabalho pastoral, agradeço a Deus todas as pastorais e movimentos que trabalham juntos, uma experiência enriquecedora do ponto de vista espiritual, mas também do ponto de vista pastoral. E concomitante a este trabalho, exerci também por dois anos, que vence nesta terça, a missão de vigário episcopal da região II que compreende de Herculândia até Adamantina, também trabalhando junto com 25 padres e 17 paróquias, entre religiosos e leigos engajados no CRP (Conselho Regional de Pastoral). Foi muito marcante, uma vida realmente intensa de oração e trabalho, nem tive tempo quase de tirar férias, mas agradeço a Deus por tudo isso”.
O pároco também agradece a comunidade da Paróquia Sagrada Família. “Agradeço a Deus por toda colaboração, todo o trabalho que desempenhamos juntos. Foi realmente um trabalho de comunidade. De comunidade para comunidade, na missão, no serviço, ajudando-me nas coordenações de todo esse trabalho, que foi intenso por parte da Liturgia, da Pastoral da Saúde, da RCC (Renovação Carismática Católica), da Pastoral da Família, pelos conselhos pastorais e administrativos, sendo uma experiência profunda e marcante na minha vida. E peço a Deus que o novo padre também tenha esse carinho, esse mesmo amor para a comunidade tão trabalhadora como é a Sagrada Família”, finaliza.