Durante o período da entressafra do carnaval, aproveite o tempo para assistir alguns clássicos da sétima arte, ou seja, o cinema dos velhos e bons tempos, mais precisamente os filmes denominados de épicos, entre os quais, “Os Dez Mandamentos” sob a direção do maestro Cecil B. DeMille...
Lançado mundialmente na cidade norte-americana de Nova Iorque em 1956, o filme teve repercussão mundial, criando a partir deste lançamento um corrida de milhares de pessoas atrás das telas para um encontro com dois monstros sagrados desta arte, a saber: CHARLTON HESTON E YUL BRINNER, além da presença de ANNE BAXTER que dispensa maiores apresentações quanto a sua beleza e performance cinematográfica...
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Dos anos 50 para o início do século XXI, da cidade mais cosmopolita do mundo para uma província qualquer em tempo de pós-globalização, dos ícones da sétima arte para o picadeiro tupiniquim, assim, dizem, “caminha a humanidade” neste Planeta Terra...
O filme retrata a saga de um povo, os Hebreus e sua luta para chegar a Terra Prometida numa época distinta para os mesmos, haja vista a presença do poder faraônico como senhor do bem e do mal para seus comandados...
Neste caso em especial, a hermenêutica pode fazer o seu papel da melhor forma possível, ou seja, trazer este cenário bíblico para os nossos dias, entretanto, faz-se necessário estar em conexão com os acontecimentos em terras provincianas...
Para um bom entendedor, afirma o dito popular, “meia palavra basta”, portanto, vamos “jogar pérolas aos porcos”, claro, poucos entendem as parábolas bíblicas, neste caso, o melhor é utilizar o jogo das letras camufladas pela falsa ironia de um articulista que sabe brincar com isto e mais aquilo, destoando o senso comum provinciano...
Pode-se pensar em muitas coisas assistindo o filme em pauta, além do mais, um clássico deste nível supera todas as expectativas para quem está do outro lado da tela, cinematográfica ou televisiva em níveis de produção, cenário, artistas, figurantes, assessores/as e direção impecável do diretor responsável pelo filme...
Diz o profeta do outro tempo, “a César o que é de César”, todavia, ficam sempre muitas perguntas para poucas respostas na província menor, afinal de contas, onde estará o Faraó?
Também, onde estará o libertador?
Não se faz libertadores como no passado, também, hoje, a maioria prefere ser Judas ou até mesmo um Faraó tupiniquim, assim, os anos e os séculos passam, o presente determina o futuro para um mesmo homem no cenário da metalinguagem bíblica...
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(*) Jornalista diplomado.
e-mail: [email protected]