Há várias décadas, quando ainda lecionava numa pequena escola do bairro Estrada 14, município de Adamantina (SP), o governador da época suspendeu o pagamento da merenda escolar e da merendeira, durante seis meses.
Nesse período, os professores da escola e a comunidade do bairro organizaram uma quermesse e com fundos arrecadados as crianças não ficaram sem a sopa escolar. Enquanto isso, o magno mandatário político fazia banquete juntamente com seus correligionários e enviava dinheiro desviado em contas do Paraíso Fiscal. Até hoje, o octogenário político continua mamando nas tetas públicas.
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No começo deste ano viajei até Ribeirão Preto (SP) para tratar de questões pessoais e pernoitei naquela bela cidade.
De volta do hotel até o Terminal Rodoviário, tomei um táxi. Em conversa, o taxista disse-me que a cidade teve uma semana negra, por dois fatos: Primeiro,muito triste: dois colegas de profissão haviam sido assassinados, por assaltantes.Segundo, muito vergonhoso: um filho de um dos melhores prefeitos que a cidade já teve e riquíssimo está envolvido na máfia da merenda escolar.
Realmente, a noticia é verdadeira, pois o juiz de direito da Comarca de Bebedouro (SP), através de esforço hercúleo e de trabalho denodado, está desbaratando a quadrilha e alguns políticos da alta cúpula estão sendo conduzidos às barras dos tribunais.
Quem gosta mais de merenda: criança ou político?