Os espumantes recebem classificações em razão do teor de açúcares totais, expresso em gramas de glicose por litro. A classificação não é universal, portanto cada país adota um critério, entretanto observamos que são parecidos.
No Brasil a classificação está regulamentada por meio do art. 35 do Decreto nº. 8.198/14, que utiliza os seguintes critérios:
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I – nature: o que contiver até três gramas de glicose por litro;
II – extra-brut: superior a três e até oito gramas;
III – brut: superior a oito e até quinze;
IV – sec ou seco: superior a quinze e até vinte;
V – demi-sec, meio-seco ou meio-doce: superior a vinte e até sessenta; ou VI – doce: superior a sessenta gramas de glicose por litro.
Ocorre que durante a fermentação alcóolica parte de açúcares não são consumidos pelas leveduras resultando em açúcares residuais. Mas o açúcar no vinho nem sempre tem origem natural, como no caso dos espumantes, em que para realizar a segunda fermentação são adicionados açúcares denominados “licor de expedição”.
A classificação do espumante, portanto, depende da quantidade de açúcar que o mesmo contém, conforme dito acima.
Essa classificação é muito importante na hora de escolher um vinho, pois quanto menos açúcar, mais seco o vinho será. Pessoas que gostam de sentir um gostinho de açúcar devem comprar a partir do demi-sec.
Além disso, temos também os moscatéis, com sabores bem doces.
Quando as pessoas começam a se interessar por vinhos normalmente começam a tomar os mais doces, partindo depois para os mais secos. Eu, pessoalmente, prefiro os bruts, embora essa preferência seja variável em função da casta, do método de produção, e, principalmente, da harmonização.
Podemos consumir tranquilamente os espumantes brasileiros tendo a certeza de que estamos degustando um produto de qualidade, haja vista que muitos deles já receberam prêmios internacionais. Ademais, a maioria tem preços acessíveis.
Em 2015, a Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores classificou dois vinhos brasileiros entre os dez melhores do mundo: Marcus James Espumante Brut, cujo preço na loja virtual da Vinícola Aurora é R$ 30,55 e o Espumante Garibaldi Prosecco Brut, R$ 30,90 no site da Cooperativa Vinícola Garibaldi. Outra boa opção é o Garibaldi Espumante Moscatel (foto) que foi classificado entre os 100 melhores e recebeu medalha de ouro no Concurso Internacional de Vinhos e Licores de Mendonça (ARG) e que sai a R$ 30,90.
Gosto muito dos espumantes da Vinícola Don Guerino (fotos), dentre eles o BRUT ROSÉ, 100 % Malbec, elaborado pelo método Charmat, aonde a segunda fermentação é realizada em tanques (R$ 60,00), o MOSCATEL ROSÉ, com uvas moscato de Hamburgo (50%) e moscato Giallo (50%) , elaborado pelo método Asti por uma única fermentação em tanques especiais (R$ 51,20) e o espetacular BRUT, Blanc de Blancs, 70% Chardonnay e 30% Prosecco, elaborado pelo método Champenoise, aonde a segunda fermentação é feita em garrafa (R$ 93,40).
Também aprecio os espumantes da Casa Perini, que você encontra em muitos supermercados com bons preços, como o Brut Charmat e o Demi-Sec (R$ 41,50) e o Moscatel (R$ 38,50).
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